Category Archives: Feito no Brasil

Parabéns, porto alegre!

Parabéns, Porto Alegre, pelos 240 anos de por-do-sol mais lindo. Por ser a capital mais legal do mundo para todos esses bairristas, pelo sotaque das pessoas, pelas festas legais, pelo Parque da Redenção, pela cultura, pelos grandes artistas que daí saíram, pelo cigano Igor (haha).

Programação de aniversário: http://poa240anos.com.br/?page_id=2

Enquanto o trem que espero não vem

Às vezes tiro o dia para ouvir coisas que escutava quando nova. Uma delas era Cachorro Grande, que já foi uma grande banda, mas que hoje.. bom, não se pode comparar os dois primeiros CD’s com os outros.

Lembro de chorar pra conseguir entrar em shows porque era de menor (tipo 13 anos), de enfrentar fila pra pegar autógrafo e essas coisas. E gritava tipo louca no show, principalmente quando eles voltavam pra tocar o “Mais um”, que era sempre “Sinceramente”. E aí eu berrava. E pro vácuo, né. Porque eu não sabia a palavra que alguém queria escutar e ninguém era o segredo que eu queria desvendar na época, mas ok. Valia o desespero, haha.

Um dos meus primeiros grandes amores na música.

Uma das minhas preferidas era essa:

*Falando nisso, um dia o Beto Bruno disse que Kings of Leon tinha se vendido, que o trabalho já não era mais tão bom quanto o do início. Aí eu entendi bem o significado do ditado “o sujo falando do mal lavado”.

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Algumas coisas são boas

Se você nunca viu a produção brazuca “As Melhores Coisas Do Mundo”. Eu super indico. Na verdade, acabo de indicar a mim mesma pra assistir de novo.

É um clima adolescente, sem ser babaca.

E esse é o protagonista do filme, tocando “Something” dos Beatles, resultado das aulas de violão depois do colégio.

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Ainda somos os mesmos.

A música brasileira que mais diz tudo nessa vida.

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Poesia Popular

Do bolero ao jazz, do samba ao forró, de um ritmo a outro com uma versatilidade impecável. Fazia poesia popular. Falava da vida e do cotidiano de uma forma natural. Assim pode ser defininida e cantora e compositora brasileira Dolores Duran.

Nascida em 7 de junho de 1930 numa vila na rua do Propósito, no Centro do Rio, foi primeiramente batizada de Adiléia Silva da Rocha. Teve uma infância pobre e não conheceu o pai. Aos 8 anos, teve febre reumática, o que quase e levou a morte e deixou como sequela um sopro cardíaco.

A pesar das dificuldades, sonhava em ser cantora. A vida sofrida desde cedo resultou em belas canções. Tristes, mas bonitas, profundas.

Começou a carreira ainda menina e sua primeira participação musical foi no programa Calouros em Desfile, que era comandado por Ary Barroso, na Rádio Tupi. Ela cantou um bolero em espanhol e encantou Ary, que costumava criticar candidatos que não cantassem músicas em português. Levou a nota máxima.

Por conta de dificuldades familiares, Adiléia largou a escola para ajudar em casa. Estava no ensino primário. Nesse período, atuou em novelas na Rádio Cruzeiro do Sul, em programas na TV Tupi e no Teatro. Com o dinheiro, tentou retomar os estudos, mas acabou sendo expulsa do colégio por falta de pagamento e resolveu largar de vez a escola.

A carreira tomou um impulso ao conhecer o casal Heloisa e Lauro de Andrade, que não mediram esforços para transformá-la em uma grande cantora. Nasceu, então. Dolores Duran. Dolores, um nome com enorme carga de sofrimento. E Duran, sobrenome que sugere uma dor contínua, persistente.

Como Dolores Duran, conhece o jornalista Antônio Maria, que viria a ser um grande amigo e fã de seu trabalho. Antônio escreveu vários artigos sobre a cantora, o que serviu para espalhar seu talento. Dolores encantava os frequentadores das boates cariocas e acabou ganhando fama. Com isso, foi contratada pela Rede Nacional para participar do programa Pescando Estrelas.

Era muito namoradeira. Um dia, quando um ex namorado pediu para voltar, respondeu que “repeteco não dá não! Se não deu certo na primeira, não dá certo na segunda. Isso aqui não é gravação”. Na lista de namorados, figuram Billy Blanco e João Donato.

No início década de 1950, passou a cantar na boate do Hotel Glória, também no Rio de Janeiro. Em 1952, lançou o seu primeiro disco, com músicas para carnaval.

Em em 1955, com apenas 25 anos, Dolores ficou internada durante um mês devido a um infarto. Ao sair, continuou abusando do álcool, do cigarro e das longas noites. No mesmo ano, conheceu o cantor e compositor Macedo Neto, de quem gravou diversos sambas. Os dois se conheceram nos estúdios da gravadora Copacabana e decidiram morar juntos. Antes de se casarem no papel, Dolores engravidou, mas acabou perdendo o bebê e ficou estéril, o que contribuiu para a separação. Os uso com álcool e cigarro se tornou mais forte.

Muitas vezes, nas madrugadas, criava suas letras na mesa dos bares, bebendo e fumando, ouvindo músicas de bolero, salsa e samba. Se inspirava em seus casos amorosos e na sua vida em geral, suas alegrias, tristezas, dores, anseios e mágoas.

Sua vida profissional atingiu o auge em 1958. Dolores cantou no Uruguai, União Soviética e China. Conheceu Paris, onde morou algum tempo. Na volta, adotou uma órfã deixada em sua porta e batizou a menina de Maria Fernanda Neto, sobrenome do ex-marido, Macedo Neto.

Aos 29 anos, Dolores morreu de um infarto fulminante enquanto dormia, mas não sem antes dizer sua famosa frase “Não me acorde, estou cansada. Vou dormir até morrer”.

Discos lançados:
*Dolores Duran Viaja (1955)
*Dolores Duran Canta para você Dançar (1957)
*Dolores Duran Canta para você Dançar 2 (1958)
*Esse Norte é minha sorte (1959)

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Como assim, jacaré?

Era difícil imaginar o Jacaré (sim, aquele do dance dance o lambra tchã ula lá ula ula daqui pra lá) em outro lugar da vida que não dançando num palco junto aos outros membros do É o Tchan. E eu continuei com essa imagem mesmo com o término do grupo.

Mas daí minha vida mudou quando vi esse clipe. Em partes, na verdade. Porque o Jacarezito continua rebolando, só não mais no É o Tchan.

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Velha, louca e linda

Já é assunto batido, eu sei, mas não posso deixar de falar aqui sobre a nova Mallu Magalhães. A garotinha que foi dormir normal e acordou uma das mulheres mais lindas do Brasil.

Começou a carreira era bem novinha. Não era muito bem vista porque namorava o Camelo (aí tinha as fãs ciumentinhas), parecia meio retardada  (e se comportava assim mesmo), tinha um estilo diferente do que era visto até então no Brasil e, sempre se ouvia falar “só faz sucesso porque os pais são ricos e porque namora o Camelo”.

Depois do lançamento do último CD, intitulado “Pitanga” (outubro de 2011), vão precisar acrescentar mais um detalhe nessa afirmação. Ela faz sucesso também porque virou um mulherão. Mudou o cabelo, se comporta melhor, se veste diferente. É desejada pelas marcas. Recentemente, protagonizou a campanha de estréia da marca de sapatos My Shoes, com o tema “Cinderela 3.0”.

Concordo com o que ouvi. “Enquanto acusavam Camelo de pedofilia, ele chamava isso de investimento”. E que investimento.

**Depois de escrever este post, ouvi também que “leite de camelo faz crescer”. Ganhou o selo Deselegância do Ano, mas tá valendo.

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La Liberacion

La Liberacion, o 3º álbum do Cansei de Ser Sexy (CSS), lançado em agosto de 2011, se diferencia por ser mais experimental e conter instrumentos como saxofone, trombeta e guitarra espanhola.

O trabalho tem 11 músicas e conta com a participação de Bobby Gillespie, vocalista do Primal Scream, na música “Hits Me Like a Rock”.

Uma das minhas preferidas é “City Girl”.

Comentário 1) Eu vou ver CSS no M/E/C/A Festival, rá!

Comentário 2) Esses dias, após o sucesso indesejável de Michel Teló com “Ai, se eu te pego” no exterior, ouvi alguém dizer que “achava que o Brasil já tinha exportado todo lixo musical com Little Joy e Cansei de Ser Sexy”. Creio que não por nada CSS se mantém sendo a segunda banda brasileira mais reconhecida no exterior, perdendo apenas para Sepultura. CSS vendeu 60 mil cópias de seu primeiro disco nos Estados Unidos e Europa e acumulou passagens por festivais como Coachella e Glastonbury.

Comentário 3) Uma preocupação. Com a saída de Adriano Cintra da CSS em novembro de 2011, temo a decadência da banda. Cintra era produtor musical, baixista, baterista e principal compositor da banda. Fundou a CSS em 2003. A saída, conforme o músico, se deu por questões financeiras. “Como instruído pelos meus advogados, estou comunicando que não faço mais parte do grupo musical CSS. Também deixo público que não dei permissão aos membros remanescentes para usar minhas bases nos próximos shows, uma vez que não cheguei a um acordo sobre isso”, declarou na época.

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Amanhã, vai ser outro dia

Nesses dias de verão, eu queria mesmo era estar num bar de esquina do Rio de Janeiro comendo peixe mal frito e tomando cerveja. De música, queria uma coisa leve. Daquelas que, depois de tanto te fazerem pensar, lavam a alma.

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