Crazy Lynch Time

David Lynch, ontem, dia 7 de novembro, lançou oficialmente seu álbum debut solo, “Crazy Time Clown”. Não é a primeira vez que o Diretor de Cidade dos Sonhos se aventura no mundo da música. Já tendo colaborado com trilha de Twin Peaks (série de TV dos anos 90 criada por ele junto com Mark Frost),  Império dos sonhos (filme dirigido pelo próprio) e Dark Night of the Soul (álbum produzido por Sparklehorse e Danger Mouse).

Conhecido pelo seus filmes surrealistas, cunhados como estilo “Lynchiano”, no seu debut ele não deixa a desejar no quesito imersão num sonho profundo e esquisito que pertence apenas a sua própria cabeça.  Bem como seus filmes, “Crazy Time Clown” é sombrio, violento, sexual, experimental, psicodélico, surreal com um toque de Jazz (sim acho os filmes dele um pouco Jazz também) e sensibilidade.

O álbum conta com a participação de Karen O, vocalista do Yeah Yeah Yeahs, mas é o próprio Lynch que faz e acontece no álbum, em cada faixa apresentando uma distorção diferente na sua voz.

Curte ai a faixa So Glad do bem-recebido-pela-crítica  nova álbum do Diretor.

Lynch, que também nesse ano inaugurou em Paris o Silencio Club, uma boate inspirada no seu famoso filme Cidade dos Sonhos, parece que está querendo além de continuar chocando as pessoas fazê-las dançar.

Para ouvir no álbum na integra clique aqui.

O mais novo do Kasabian

Pulei de alegria quando soube do lançamento do novo álbum do Kasabian.

Velociraptor!  foi lançado agora em setembro, antes até da data prevista. Eu quis ouvir ele algumas vezes antes de escrever sobre.

Os caras são vanguardistas e nesse álbum continuam sendo. O triunfo deles é serem diferentes a cada música, conseguindo agradar com todas, sem que pra isso tenham que usar sempre o mesmo ritmo, tom ou batida.

Segundo a banda, o álbum teve uma ponta de inspiração no desenho Tom & Jerry.  Para isso contrataram uma orquestra para contribuir com a álbum, fazendo a instrumental da coisa parecer mais como trilha do desenho (O que me lembrou Rome, mas acaba se concretizando apenas no conceito e não na prática). Além de se sentir em um desenho por ora,  por outras você pode se sentir num videogame ou num circo.

Todas as faixas são meio mutantes, passando por evoluções de estado de espírito, o que pode ser visto mais em faixas como Neon Noon, que nos passa uma gostosa calma.

Fiquei em dúvida de qual escolher porque curti bastante a Man Of Simple Pleasures, mas acho que essa aqui é mais cara do álbum como um todo (não que ele consiga ter uma cara, afinal estamos falando de Kasabian)

Mas, bem sinceramente, não é meu álbum preferido, pelo menos não ainda. Nenhuma música me conquistou de cara e me fez ouvir sem parar como ‘Underdog’ do West Ryder Pauper Lunatic Asylum (2009) ou Butcher Blues do Kasabian (2004). Estando na escala apenas acima de Empire (2006).

O que chama mais a atenção

Calmaria antes da maré – As faixas de Velociraptor! sempre demoram a começar vocalmente falando, o que já se via em algumas músicas ficou bem mais evidente aqui, o apelo do início é super instrumental e bem mais calma do que a banda e seus refrões. O que pode acabar afastando alguns.

Psicodélica – A mistura dos britânicos é tanta que muitas vezes mergulhamos em um mundo de psicodelismo eletrônico.