Category Archives: Filmes

500 Days of Summer

Tem filmes que sempre é válido ver de novo. E de novo. E de novo. E de novo.

Um deles é 500 Days of Summer (500 dias com ela). É um filme bom pelo roteiro, porque é sobre o amor e não um filme de amor, pelo atores e, óbvio, pela trilha sonora. Tanto que eu estou com dúvida de que música postar aqui.

Tem Regina Spektor, Wolfmother, The Smiths, Simon & Garfunkel, e por aí vai.

Como a Regina Spektor lançou álbum novo há poucos dias – e muito bom, por sinal – ela merece esse post.

P.S: Once, meu querido, não precisa ficar com ciúmes. Tu é eternamente meu filme preferido.

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Algumas coisas são boas

Se você nunca viu a produção brazuca “As Melhores Coisas Do Mundo”. Eu super indico. Na verdade, acabo de indicar a mim mesma pra assistir de novo.

É um clima adolescente, sem ser babaca.

E esse é o protagonista do filme, tocando “Something” dos Beatles, resultado das aulas de violão depois do colégio.

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C.R.A.Z.Y

Homossexualismo, drogas, religião, brigas na família, amor, perda, dor, mais expressões do que palavras.

O filme C.R.A.Z.Y, uma produção canadense de 2005 falado em francês, passado em em Quebec nos anos 60/70, conta a história de Zac, nascido no dia de Natal. Pela forte influência da Igreja Católica no local, os pais são muito religiosos – a mãe, principalmente -, e acreditam que Zac tem um dom por nascer neste dia. Mas Zac desde criança odeia o Natal porque sempre recebe presentes que não gosta. Além disso, várias brigas familiares acontecem em festejos.

Desde criança, também, o personagem apresenta traços homossexuais, para o descontento de seu conservador pai, que o chamava de “borboleta”, mas se incomodava ao ouvir alguém chamando seu filho de “marica”. Zac cresce cheio de problemas psicológicos devido à repressão. Ele ama o pai, mas não é aceito.

A trilha sonora é ponto forte do filme. Toca Pink Floyd, David Bowie, Rolling Stones e Patsy Cline, o que encareceu um pouco o orçamento do filme devido aos direitos autorais. A música “Emmenez Moi”, de Charles Aznavour é repetida várias vezes, geralmente cantada pelo pai, que também canta “Hier Encore”, também de Aznavour.

A produção é bem simples. Passa longe de ser Hollywoodiana, mas tem um roteiro muito bom. A pesar da época em que se passa, se encaixa muito bem com o período atual. Dói ver a dor de Zac que, inclusive, tenta se matar, e de um jeito muito triste. Vai pro deserto, onde pega muito sol e quase morre de sede, mas é salvo. (Detalhe: gente, nessa parte o Zac é IGUAL ao Murilo Benício em “O Clone”. Jurava que ia aparecer a Jade dentro de instantes, só que não).

O final é muito bonito, em especial quando Zac diz que “o tempo cura todas as feridas”. Pega mal contar o final, né. Vocês vão odiar. Então só digo que dá tudo certo.

Indico.

Então vamos de David Bowie com Space Oddity, que toca em uma parte muito legal.

*O título C.R.A.Z.Y é formado pela inicial do nome dos cinco irmãos (Christian, Raymond, Antoine, Zachary e Yvan) e também se refere ao amor duradoudo do pai pela canção “Crazy”, de Patsy Cline.

*Agradecimento especial ao Marcelo por ter bom gosto e dividir comigo.

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Sobre crianças que matam.

Ano passado teve o massacre no Rio de Janeiro, que deixou todo mundo atordoado e deu vida novamente ao assunto dos tão aterrorizantes casos de crianças e adolescentes que num surto psicótico pegam suas armas e rumam para suas escolas matar quem está pela frente.

No cinema, um dos casos mais famosos é o dos dois meninos de Columbine, que tiverem sua história retrata pelo filme Elefante (2003) e documentário Tiros em Columbine (2002). E agora, o em cartaz Precisamos falar sobre Kevin, que conta a história do garoto Kevin, que aos 16 anos matou 9 pessoas na sua escola.

Dai, vem Pumped Up Kicks, do Foster the People, que, caso você nunca tenha prestado muita atenção, conta a história de um menino que acha uma arma nas coisas do seu pai (levantando mais uma vez a questão da legalidade do porte de armas, já discutida no documentário citado acima do Michael Moore) e vai atrás de matar crianças.

“All the other kids with the pumped up kicks. Better run, better run faster than my bullet*”.

É uma história bem triste, mas a música é bonitinha e alegre.

*”Todas outras crianças com seus tênis caros devem correr, devem correr mais rápido que minha bala”.

Marie Antoniette

Kirsten Dunst interpreta Marie Antoniette em filme de 2006.

A cineasta  norte-americana Sofia Coppola, conhecida pela criação e direção dos filmes como “Encontros e Desencontros” (2003) e “As Virgens Suicidas” (1999), conseguiu, em 2006, apresentar ao mundo uma obra que é referência no mundo da moda. Marie Antoniette, interpretada pela atriz Kirsten Dunst, conta a história da última rainha da França.

Ela nasceu na Áutria. Aos 14 anos, é enviada à corte de Versalhes para casar com o Delfinm da França, Luis Augusto. Ao chegar na França, se depara com umambiente dominado por intrigas palacianas por fofocas da corte. Marie se sente isolada por ter que abandonar a família, os amigos e o cachorro. A jovem passa a criar uma espécie de mundo paralelo, só dela.

O roteiro é bastante descontraído e até mesmo as partes mais complicadas da vida da rainha (como os problemas de sexualidade entre ela e o marido – o que impede um herdeiro, tão esperado pela população – e a futura morte dos dois), é mostrado de modo engraçado, leve. Marie é retratada de uma maneira que se aproxima das adolescentes da atualidade. Carrega, ainda, as características de uma pessoa mais humana e intimista, com base na biografia escrita por Antonia Fraser.

O que mais chama atenção no filme é o figurino. Assinado por Milena Canonero, recebeu o Oscar em 2007 de Melhor Figurino. Abusa das cores, estampas floridas e de elementos contemporâneos, que, em algumas cenas, se misturam com os da época da rainha. Em uma das cenas, por exemplo, em meio a centenas de pares de sapatos de Marie, surge um par de all star. Os penteados e acessórios seguem as tendências da época da rainha.

A trilha sonora também é um dos pontos altos do filme. A diretora buscou referências na New Wave, do Pop e rock dos anos 80, de bandas como Siouxsie And The Banshees, The Cure, Bow Wow Wow, New Order e The Strokes, mesclados à música clássica de Vivaldi e de óperas, que representam a euforia e a melancolia da vida da rainha.

O triste fim de Marie Antoniette não é mostrado no filme, mas a cineasta Sofia consegue sugerir ao público o que acontecerá com a última rainha da França.

Voltando ao ponto trilha sonora, a música dos The Strokes que toca no filme é “What Ever Happened?”. Confira o clipe com as cenas do filme.

Aos 12 anos

Maria Antonieta nasceu em 2 de novembro de 1755 em Viena, na Áustria, e morreu em 16 de outubro de 1793, em Paris. Foi rainha da França de 1774 até 1789, quando ocorreu a Revolução Francesa.

Era a filha mais nova de Maria Teresa de Habsburgo e Frederico Estêvão de Lorena, imperadores do Sacro Império Romano Germânico.

Maria Antonieta era tia-avó da primeira imperatriz do Brasil, Maria Leopoldina de Habsburgo.

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Yes, I’m The Wild One

Fã do moviento Riot Grrrl*, tenho que confessar The Wild One tá na minha top lista de melhores músicas do universo. A música faz parte da trilha sonora do filme The Runaways (2011) que conta a história da banda de Cherry Bomb e Joan Jett, um bom o filme, por sinal.

Suzi Quatro, bem como The Runaways integravam o movimento feminista. O resultado é uma música cheia de poder e energia, com uma letra que bem traduz a postura de duronas das Riot Grrrl

“I’m a red-hot fox. I can take the knocks
I’m a hammer from hell. Honey, can’t you tell?
I’m the wild one. Yes, I’m the wild one”

*Movimento do poder feminista onde a ideia era lutar pelos direitos das mulheres através da música. Elas queriam mostrar que podiam ser como os homens, e até melhor, dentro e fora dos palcos. Abdicavam da vaidade, usavam roupas para chocar, e algumas até raspavam o cabelo. Como forma de se livrar de um estereótipo de mulher ingênua, bonita e meiga, o feminismo era levado ao cumulo, muitas mulheres se relacionavam com outras para provar que não precisavam de um homem. A banda Bikini Kill foi vanguardista desse movimento, tendo como frente a, hoje ex-vocalista, Kathleen Hanna, que atualmente canta na banda Le Tigre.

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Domingo de despedida

Esse post é cheio de nhenhenhe. Já vou avisando, que é pra ninguém me xingar no twitter.

Dá tempo de desistir, é só mudar de página.

As músicas do dia, que são da The Frames, integram a trilha sonora do filme “Once”, de 2006.

Para sempre o melhor filme do mundo.

E esse filme tem uma história linda e músicas lindas. Tanto que, em 2008, recebeu o prêmio como melhor filme estrangeiro e uma das canções (Falling Slowly) foi indicada ao Óscar e ao Grammy de 2008.

E, mais do que isso, isso tudo me lembra a linda Karla Sanches Wunch, a outra colaboradora do blog. Talvez porque foi ela quem me apresentou o filme. É, faz sentido. Talvez, também, eu não acharia tão lindo se outra pessoa tivesse me apresentado.

O que eu quero dizer é que não só ouvindo essas músicas, mas principalmente, já sei que vou sentir uma saudade enorme. Ela vai me abandonar por algo um pouquinho melhor, chamada Londres. (Y) Mas é só por quatro meses. Passa rápido. Tenhamos fé.

Não preciso dizer mais nada. Não preciso dizer que te amo.